segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

PIBID LETRAS UESB/VC - ENCONTRO DE FORMAÇÃO

Minhas primeiras reflexões - Bolsista: Jocelma Boto Silva

No período de maio a outubro de dois mil e dez, vários momentos foram relevantes para mim enquanto pesquisadora, enquanto aluna e enquanto futura professora. Posso destacar alguns desses momentos levando em conta o sentimento que despertaram em mim.O primeiro momento marcante aconteceu no dia três de setembro desse mesmo ano, na nossa primeira visita à escola Ridalava Figueredo Correa. A supervisora já havia nos apresentado a realidade escolar, as suas dependências e o contexto social dos alunos, mesmo assim, para mim não deixou de ser um contato com o novo e com o desconhecido. A escola chamou a minha atenção, a princípio, por não apresentar na parte exterior a aparência tradicional de uma escola. Em seguida, assim que entrei na escola, outro motivo me instigou, deparei-me com o pátio e muitas crianças correndo, gritando, dançando, um som alto, enfim, era a hora do recreio. Senti naquele dia a mudança de posto que ocupo, sou aluna mas não do Ensino Fundamental ou Médio, e esse momento , o intervalo, para mim é visto atualmente de outra forma: uso para descansar e não para estar em plena agitação. Este momento me desafiou, tenho vontade de compreendê-lo mais, de pesquisar, de conhecê-lo sob um novo ângulo, levando em conta que eu também já vivi nesse momento nos meus tempos de colegial.Outra experiência significativa aconteceu no dia dezoito de outubro de dois mil e dez, data em que me propus a observar uma aula de Educação Física. A curiosidade por ver os alunos e entendê-los em estado de agitação me envolveu. Vê-los envolvidos em uma atividade educativa que lhes proporcionava movimentarem-se, correr, gritar, e ainda assim aprender possibilitou uma comparação com "o recreio" e com o ânimo desses alunos na sala de aula propriamente dita. Nesse sentido, gostaria de estudar o ânimo com que esses alunos vão para a sala de aula, em especial para assistirem às aulas de Português.

Valéria Pereira Silva de Novais - Impressões PIBID

Como bolsista deste programa, tenho sido beneficiada de diversas maneiras, primeiramente, aprendi conceitos novos e importantes, também tive o meu primeiro contato com a sala de aula, podendo aplicar um microprojeto e aprendendo assim, ser docente através da prática. Estou esperançosa para prosseguir na área da docência, auxiliando a aprendizagem da linguagem de alunos das escolas municipais, a partir de novas práticas metodológicas de educação, para tornar o ensino cada vez mais atraente ao aluno, e, assim, poder com eles não só ensinar, mas também aprender. Espero que os relatos feitos baseados na prática escolar cotidiana possam render textos científicos a fim de contribuir com a pesquisa educacional.

Impressões - Bolsista Mayara Ferraz Lopes

Já estou no PIBID há aproximadamente um semestre. Ao longo desse curto período aprendi muita coisa. Uma atividade que, sem dúvida, marcou bastante foi visitar a escola. Os quinze bolsistas do PIBID foram divididos em três grupos e cada um foi designado a uma escola. Eu e mais quatro colegas ficamos na "Escola Municipal Mozart Tanajura" que está situada no bairro Vila América. No inicio, ficamos com um pouco de receio porque a região é conhecida como uma das mais violentas da cidade. Porém, quando chegamos à escola, esse medo passou. Os alunos nos receberam muito bem, foram muito carinhosos. Reparamos que a escola era mais tranqüila do que a maioria das que a gente conhecia.

Primeiras reflexões - Bolsista Tauana Paixão

Sem dúvidas esse projeto é bastante enriquecedor, tanto para quem já é professor e atua em sala de aula, quanto para aqueles que ainda não tem experiência na área de educação. Sendo assim, o projeto em si superou minhas expectativas e demonstrou responsabilidade e compromisso com seus princípios.Um fator que considero importante para o bom andamento do PIBID é a relação grupal. Todos os bolsistas se relacionam muito bem e contamos com bons supervisores que possuem uma experiência que enriquece nossos encontros.Acreditamos que a próxima fase do projeto será ainda melhor do que esta. Traçamos muitas metas e esperamos alcançá-las, visando sempre fazer desse projeto uma história de sucesso.

Primeiras reflexões - Bolsista Ana Paula Ramos Santos

Para nossa surpresa o deslumbre foi curto, pois ele foi substituído por espanto, já que a teoria está bem longe da prática realizada em nossos tempos nas escolas municipais. Após ouvirmos a teoria, tivemos que enfrentar a realidade da sala de aula como observadores, foi nesse momento que ocorreu o espanto. É muito difícil para um professor aplicar para seus alunos o que aprende na Universidade, uma vez que o dia a dia deles é cheio de contratempos. Com essa observação pudemos refletir como o projeto é muito importante para o nosso futuro profissional, já que estamos aprendendo a teoria e colocando-a em prática em seguida.
Contudo, não podemos ficar espantados para sempre, pois a arte de educar é linda até mesmo com os aborrecimentos que o cotidiano nos impõe. A nossa expectativa é que consigamos melhorar ao menos um pouco essa profissão um tanto quanto árdua que é a do ensino. O PIBID está sendo muito importante para nos mostrar as vias que podemos tomar, para que a nossa direção não se desvie desse percurso que é muito longo.
Para nossa surpresa o deslumbre foi curto, pois ele foi substituído por espanto, já que a teoria está bem longe da prática realizada em nossos tempos nas escolas municipais. Após ouvirmos a teoria, tivemos que enfrentar a realidade da sala de aula como observadores, foi nesse momento que ocorreu o espanto. É muito difícil para um professor aplicar para seus alunos o que aprende na Universidade, uma vez que o dia a dia deles é cheio de contratempos. Com essa observação pudemos refletir como o projeto é muito importante para o nosso futuro profissional, já que estamos aprendendo a teoria e colocando-a em prática em seguida.
Contudo, não podemos ficar espantados para sempre, pois a arte de educar é linda até mesmo com os aborrecimentos que o cotidiano nos impõe. A nossa expectativa é que consigamos melhorar ao menos um pouco essa profissão um tanto quanto árdua que é a do ensino. O PIBID está sendo muito importante para nos mostrar as vias que podemos tomar, para que a nossa direção não se desvie desse percurso que é muito longo. O projeto surgiu para orientar docentes a enxergar a realidade como ela é e se possível modificá-la na medida em que for possível. Queremos ser professores capazes de mudanças, para que de alguma maneira façamos a diferença em nosso trabalho. Se conseguirmos alcançar esse objetivo, tanto nós docentes quanto os discentes seremos pessoas melhores. Sabemos que não será fácil, pois são anos e anos de tradição, mas não podemos nos acomodar, temos que lutar para que a diferença não fique apenas no papel, mas que coloquemo-la em prática.
ANA PAULA RAMOS SANTOS.

Impressões - Bolsista Leidiane Dourado

Antes de tudo, acredito que toda e qualquer iniciativa de incentivo à docência é muito interessante. O PIBID está nos dando a oportunidade de irmos para a prática antes mesmo de estarmos formados. Este programa só veio a acrescentar melhorias à nossa docência, pois ele nos incentiva a refletir no sentido de investigar ativamente nossa própria prática pedagógica, a fim de que consigamos agir em sala de aula de forma competente, criativa e autônoma. Além disso, ele estimula nosso conhecimento teórico e prático, visto que essa interação teoria-prática se constitui como alicerce para a construção do conhecimento.

Atualmente, estamos elaborando um projeto para ser aplicado na "Escola José Mozart Tanajura". Será uma oficina de leitura de textos orais, escritos e digitais-imagéticos, visando despertar, nestes alunos, um interesse maior pela leitura, a partir de uma atividade diferente do cotidiano escolar, e será aplicado no dia quatro de dezembro. Terão como participantes os bolsistas de Letras e Matemática, os professores e outros funcionários da escola e os alunos do 6º ao 9º do ensino fundamental.

IMPRESSÕES - BOLSISTA ANDRÉIA PRADO LIMA

Quando nos inscrevemos para um projeto dentro da academia, num primeiro instante pensamos em que essa atitude poderá acrescentar nosso currículo acadêmico. No meio da já tão conturbada rotina de estudos, leituras, trabalhos, discussões não levamos em conta o "trabalho" que dará mais uma atividade. A fome de crescer nos impele.
O nome do projeto nos causava grande curiosidade: iniciação a docência? Como assim? E, com essa curiosidade nos olhos, fomos a cada encontro caminhando, passeando com os poros abertos absorvendo cada conhecimento. Índices, planilhas, termos técnicos, divergências entre o que diz a lei e a aplicabilidade, as experiências e vivências dos supervisores, a capacidade de percepção de cada componente, tudo isso foi aos poucos encharcando nosso raso conhecimento.
Uma iniciativa como essa dentro da universidade, que por vezes, foge do objetivo primordial de um curso de licenciatura, que é ensinar, nos coloca na linha de frente das discussões educacionais e a meu ver do grande questionamento que deveria permear os educadores atuais: ONDE FOI QUE EU ERREI?! Sim, alguém errou. Ao nos depararmos com a LDB, com os programas do Governo pela educação, com o sucesso de algumas poucas instituições, nossa maior dúvida é: como é que um aluno pode chegar a 5ª série do ensino fundamental sem conseguir ler? E o mais chocante para nós pibidianos (adjetivo pátrio dos que habitam no estado do PIBID, onde se pensa a educação e suas trilhas) não é apenas um aluno, um caso isolado, um detalhe numérico do interior esquecido do nordeste. Esse é um fato presente nas escolas de quase todo o Brasil, mais especificamente em Vitória da Conquista, em particular nas três escolas atendidas por nosso projeto - Letars VC. Os índices do IDEB que ficam abaixo da média nacional em algumas escolas do nosso estado, o próprio índice geral da educação nacional que é um dos piores do mundo. Um aluno que pode ser qualquer coisa, menos um ser pensante que consiga minimamente compreender o que lê e reproduzir em sua escrita o que aprende. É sem dúvida o que nos causa maior comoção.
Compreender essa realidade e tentar de alguma forma intervir para ajudar é nosso principal objetivo. Sei que ainda estamos engatinhando nesse processo. E quero compartilhar que esse primeiro momento de aplicação do microprojeto deve ser muitas vezes re-avaliado, pois que adianta ser apenas mais um? O que é essencial é fazer a diferença. Paulo Freire não escreveu utopias, ele pensava uma educação popular voltada tanto para a escolarização como para a formação da
consciência, de um ser pensante e critico capaz de mudar sua própria existência. Só pela educação é que poderemos ver nossa sociedade melhor, com uma vida mais digna e justa. Ele diz que "Mudar é difícil, mas é possível", e justamente baseado nessa possibilidade, creio eu, é que estamos engajados nesse projeto, que com certeza foi aprovado pelos que pensam a educação nesse país justamente porque "ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua produção ou a sua construção", e a INICIAÇÃO À DOCÊNCIA seria exatamente uma preparação para fazer o diferente.