O filme "Entre os Muros da Escola" ocorre em sua grande maioria dentro de uma sala de aula em uma escola do subúrbio de Paris, mais especificamente nas aulas de literatura francesa. O professor encontra nessa sala, uma diversidade étnica muito grande, que gera atritos entre ambas as partes. De um lado, está o professor François Marin se esforçando muito em fazer com que seus alunos incorporem a literatura francesa. De outro lado, está um grupo de alunos entre treze e quinze anos, composto por negros africanos, asiáticos latino-americanos e franceses, pouco interessados em aprender uma literatura que não tem relação nenhuma com seus países de origem. Num certo momento do filme, alguns alunos questionam ao professor e dizem que aquela linguagem utilizada por ele não é a linguagem que eles buscam aprender. É interessante analisar que essa situação ocorre em nossas salas de aula. Muitas das vezes, levamos um conteúdo para sala e tentamos fazer com que nossos alunos aprendam, antes mesmo de mostrar a importância daquele conteúdo para a vida do nosso aluno. É de fundamental importância, que o professor faça algumas perguntas ao levar um conteúdo para sala de aula, tais como: o porquê e o para que, e não somente o que ensinar. O filme, realmente retrata uma sala de aula, nas múltiplas relações entre aquele ambiente e as pessoas que ali convivem, ou seja, nas relações entre: professor e alunos, alunos e alunos, professor e professores, professor e pais. Percebi que o professor chegou à escola acreditando que conseguiria mudar aqueles alunos, mas seus colegas de trabalho tiram essa esperança e tentam desanimá-lo. Percebi também que em certo momento, a relação professor-aluno ficou mais conturbada ainda. O professor já totalmente estressado com aqueles alunos desordeiros insulta duas garotas às chamando de "vagabundas". A partir desse filme, podemos perceber que talvez a escola esteja muito fechada em si mesma, acreditando que nela só se devem ensinar conteúdos gramaticais, matemáticos, entre outros. É interessante pensarmos que a escola não está fora da sociedade. Assim, é preciso aceitar que as crianças que chegam à escola, trazem consigo problemas, sua própria cultura, trazem realidades diferentes, e a escola precisa lidar com isso. A escola deve dar mecanismos aos alunos, para que eles saibam atuar na sociedade e lidar com seus próprios problemas.
Leidiane Dourado - PIBID UESB - VC
Profesor não é só alguém que "dá" aulas. Professor não é o ser que "deve" saber de tudo. Professor não pode e nem deve ignorar o ambiente em que está inserido. Professor é muitas vezes ou "sempre" a única companhia de um alguém, é aquela pessoa que pode ser um exemplo, é o psicólogo involuntário que está de plantão nas horas em que um determinado aluno precisa. Enfim, ser docente é mais que ser docente!
ResponderExcluirEste filme retrata a dura e triste, mas também real, situação de contextos conflituosos em que se deveria produzir um saber para a autonomia do educando. Muitas vezes não é isso que ocorre. Mas de qualquer maneira, produções como essa, servem de exemplos para ilustrar o que é o cotidiano da prática pedagógica. Por isso, o convite é feito: venha enriquecer o quadro de atuação desta difícil, mas primordial profissão que é ser professor. E assista ao filme antes para tomar esta importante decisão! É sabendo o que se pode enfrentar, que não se tirará os pés do chão e procurar-se-á fazer com que seu sonho se torne realidade!